segunda-feira, 29 de setembro de 2008


Lilyth

Flui dos sonhos, ó ninfa em sucubo;
Na noite já tardia,
Das brumas te descubro;
Toca-me a tez em fantasia,

Mística, doce, em vão orgia;
Na ara Flébiu sinto teu dorso,
Danças leve em poesia,
Rosa Sacra, e flúvio em gozo.

Rasga-me o peito como um espinho,
Meu sangue faz-se o acre vinho;
Tantálicos, edênicos, efêmeros,
Como os alácres sonhos de Eros.

Musa minha de Onire atroz,
Voltas a tua realidade,
Tênue, sutilmente, em nós
Restará a poética insanidade...

E de instante eu desperto,
Dentre os templos de alabastros
E turíbulos de morfina. Onde estou?!
Ouço apenas o vento flébiu cantar-me então...

Sussurros vem e vão,
Misticidade medonha,
Vesânia de quem sonha;
Cantas teu nome: Lilyth!

- Diz a mim tua confissão...


Anderson Del Ângelus
andribeiro_kefra@hotmai.com

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